::Pulgas e carrapatos

São raros os donos de cães ou gatos que já não tenham enfrentado uma infestação de pulgas em seus animais. E como é difícil acabar com elas.
As pulgas se reproduzem com uma velocidade e facilidade incríveis e, se a infestação não for combatida logo no início, o problema toma proporções assustadoras. Mas, para combatermos essa pequena praga doméstica, temos que entender bem como elas vivem e se reproduzem, para que os métodos corretos de extermínio sejam usados. Sem esse conhecimento, há pessoas que chegam a intoxicar seu cão ou gato com produtos inseticidas, mas as pulgas continuam lá.


E como um cão que pega uma pulga na rua pode chegar a ter "1 milhão" delas em pouco tempo? Os cães se infestam de pulgas nas ruas. Mas esta, normalmente, é uma infestação pequena. Essas pulgas são levadas para casa e lá elas vão encontrar muitos locais para fazer a desova (postura dos ovos). É importante saber que as pulgas põem seus ovos no ambiente e é este o responsável pelas grandes infestações de pulgas nos animais. A pulga apenas se alimenta no cão ou no gato sugando seu sangue. No ambiente ela coloca os seus ovos.

Na presença de calor e umidade (nas estações mais quentes, principalmente) os ovos eclodem, viram larvas que se alimentam de poeira e detritos; as larvas viram adultos, que atacam os animais em busca de alimento. Assim, o pobre animal é apenas o culpado indireto por uma grande infestação de pulgas. Seu erro foi trazer a pulga para casa. O ambiente é o responsável por "produzir" aquelas milhares de pulgas que tiram o sossego dos cães e de seus donos. Sabendo disso, concluímos que tratar apenas o animal (cão ou gato) numa grande infestação é um erro. Você vai estar matando algumas pulgas.
A maior quantidade delas está nas frestas do piso, pilhas de papéis, tapetes e carpetes, na forma de ovos, larvas ou pulgas adultas.

Mas como a casa ficou infestada de pulgas e eu não senti nenhuma picada? A pulga é espécie-específica, ou seja, existem pulgas que atacam humanos e outras que picam animais.
A pulga de cães e gatos não vai atacar as pessoas enquanto ela tiver disponível uma fonte de alimento. Assim, quem sofre é o animal. E o processo é tão rápido que, quando você olha o cão ou gato por ele estar se coçando muito, dezenas de pulgas já podem ser vistas, principalmente na região do abdomen (barriga) e em volta do ânus e cauda.

Grandes infestações de pulga no ambiente fazem com que elas, na ausência de alimento suficiente, passem a picar também as pessoas da casa. Resumindo, como as pulgas só atacam os animais, o problema passa desapercebido e, quando é descoberto, já tomou grandes proporções com a infestação do ambiente. E como eu vou acabar com essa "praga"? Já vimos que o problema não é apenas o cão. Para avaliarmos a extensão da infestação, faça um teste simples.

Dê um banho anti-pulgas no seu animal e procure certificar-se que foram mortas praticamente todas as pulgas. Após secá-lo bem, solte-o na casa, mas não o leve para a rua. Uma hora mais tarde, verifique se o seu cão está com pulgas.

Considere: - uma ou duas pulgas foram encontradas: seu cão tinha uma pequena infestação e, provavelmete, pegou num passeio.
Neste caso, o ambiente ainda não está infestado. - várias pulgas foram encontradas  sua casa possui um ou mais focos de pulga.
O ambiente tem que ser tratado, assim como o cão. Sabendo agora o nível de infestação do cão e da casa, tomamos as medidas necessárias.

Na casa: dedetização, 2 aplicações com intervalos de 3 a 4 semanas, ou uso semanal, no ambiente, de produtos anti-pulgas da linha veterinária (consulte o seu veterinário), até acabar com a infestação.

No cão: banhos anti-pulgas semanais e aplicação de produtos anti-pulgas tópicos de longa duração, ou a critério do seu veterinário.

IMPORTANTE: Nunca use inseticidas contra insetos ou baratas no seu animal; Filhotes, fêmeas gestantes e gatos, não devem ser banhados com produtos inseticidas; CONSULTE O VETERINÁRIO antes de usar qualquer produto anti-pulgas; banhos anti-pulgas devem ser dados com o cuidado do animal não lamber o produto durante o banho.

O mesmo para o uso de talcos. A ingestão do produto pode causar intoxicação; animais com ferimentos abertos (feridas ou queimaduras) não devem ser tratados com produtos anti-pulgas tópicos (para passar, banhar ou aspergir). 


É possível prevenir a infestação de pulgas?

O controle da infestação de pulgas se faz através de medidas simples:

1. banhos anti-pulgas frequentes (quando for possível);

2. uso de produtos anti-pulgas de longa duração em gotas para aplicar topicamente ou spray;( Eu uso Frontiline Spray-indicado para filhotes e Fiprolex ampola-que dura 3 meses. Este último não pode ser usado em filhotes nem gestantes);

3. deve-se evitar o uso do carpete em casas que têm animais. Pisos "frios" e bem rejuntados, sem frestas, evitam a proliferação das pulgas;

4. usar produtos anti-pulgas nas casinhas dos cães periodicamente. Tapetes ou cobertores de uso dos animais devem ser lavados com frequência;

5. tosar os animais nas épocas mais quentes, para se controlar melhor as pulgas e facilitar os banhos;

6. alguns locais como praças, canteiros e jardins, podem ter focos de pulgas, por serem frequentados por muitos animais. Se você perceber que o cão volta se coçando dos passeios, evite esses locais. Sempre que seu animal tiver uma infestação de pulgas, você deve consultar o seu veterinário para que ele prescreva um vermífugo para o seu cão ou gato.

As pulgas podem transmitir vermes e causar anemia, além de perturbar e até mudar, temporariamente, o comportamento do seu animal, que vai ficar mais irritado, impaciente e exausto de tanto se coçar. Alguns cães chegam até a se mutilar, causando ferimentos graves pela coceira.

Não espere seu cão ter pulgas, comece a combatê-las desde já .


Carrapatos

A infestação de carrapatos no cão, além de causar um incômodo muito grande ao animal pela coceira que provoca (reação alérgica), pode causar anemia e transmitir doenças como a Babesiose , a Erlichiose e a Febre Maculosa. A anemia no cão pode ocorrer nas grandes infestações, uma vez que o carrapato se alimenta do sangue do animal. Mas não é necessário uma grande quantidade de carrapatos para que a Babesiose ou a Anaplasmose sejam transmitidas.


Às vezes, um ou dois carrapatos que estejam carregando formas infectantes dos protozoários causadores dessas enfermidades são o bastante para que o cão contraia uma dessas doenças. Assim, o controle do carrapato deve ser constante e qualquer sinal de apatia, febre, falta de apetite e mucosas (gengivas ou conjuntiva) pálidas em cães que costumam ter carrapatos, é motivo de uma visita ao veterinário e um exame de sangue, para detecção da Babesia ou da Erlichia.
Elas são tratáveis quando diagnosticadas a tempo. Mas o que fazer para evitar que o cão pegue carrapatos? Infelizmente, não há nenhum esquema de tratamento preventivo. Se o cão frequenta áreas infestadas por carrapatos, ele certamente irá pegá-los.

Regiões com vegetação em sítios ou fazendas, são os lugares mais comuns. Porém, existem muitos casos de pessoas que tem problemas com carrapatos dentro de seus canis ou quintais. Às vezes, num passeio a uma praça ou parque, o cão pode se infestar. E como combater o carrapato? Assim como as pulgas, o carrapato não é um problema só do animal, mas sim do ambiente.
O carrapato, em todos os seus estágios de vida (desde larva até adulto), é muito resistente. Assim, combater o carrapato é difícil. Você pode eliminá-lo do cão facilmente com banhos carrapaticidas, porém, o inimigo que você não vê, ou seja, os ovos e larvas, estão no ambiente e nele sobrevivem durante muitos meses. Assim, muitos são os casos de proprietários que vivem combatendo o carrapato no cão, mas nunca conseguem exterminá-lo por completo.
Um outro detalhe é que os carrapatos colocam seus ovos na vegetação e também em frestas das paredes e piso. Dessa forma, todos esses lugares tem que ser tratados e não os cães somente. Um combate eficaz ao carrapato inclui: No animal: banhos carrapaticidas.

Quando a infestação é grande , repetir os banhos a cada 15 dias; animais de pêlos longos devem ser tosados no verão, época em que o calor e umidade fazem com que a incidência de carrapatos aumente muito; produtos carrapaticidas de longa duração, em gotas para aplicação tópica (local) ou spray, podem ser aplicados, a critério do veterinário.

No ambiente: uso de carrapaticidas: aplicar nos canis, casinha dos cães, em plantas e canteiros, atentando para frestas nas paredes ou pisos e ralos. Repetir o tratamento a cada 15 dias; Em canis de alvenaria, o uso da "vassoura de fogo" é muito eficaz.

O calor irá destruir todos os estágios do carrapato. Repetir o tratamento a cada 15 dias; Se possível, fechar todas as frestas existentes nos canis ou paredes dos quintais, assim como no piso; Mude de produto a cada 2 ou 3 aplicações, para que o carrapato não desenvolva resistência e o tratamento passe a ser ineficaz.

IMPORTANTE: Filhotes, fêmeas gestantes e gatos não devem ser banhados com produtos carrapaticidas. CONSULTE O VETERINÁRIO antes de usar qualquer produto. banhos carrapaticidas devem ser dados com o cuidado de não permitir ao animal lamber o produto durante o banho.
A ingestão pode causar intoxicação grave. animais com ferimentos abertos (feridas ou queimaduras) não devem ser tratados. existem carrapaticidas para uso em cães, porém, muitas vezes são recomendados produtos de uso em bovinos e cavalos. AS DOSAGENS SÃO DIFERENTES.

Retire os animais do ambiente que irá receber o tratamento contra carrapatos até que o produto usado seque completamente. O combate ao carrapato deve ser intensivo e durante um longo período de tempo. Nos meses mais quentes, a infestação pode voltar e os cuidados devem ser redobrados. Nas áreas em que há carrapatos em qualquer época do ano, o tratamento deve ser constante.

Fonte: www.aunimal.hpg.ig.com.br




Um comentário:

  1. Esse ano pulgas e carrapatos infestaram uma casa onde morei, deixei dois cachorros lá, quando me dei conta, eles já estavam fracos, morreram os dois. Decidi não criar mais animais. Esses bichos (carrapatos, pulgas, etc.) são pestes nojentas do inferno.

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