::Tosse dos canis (Traqueobronquite Infecciosa)

     A Tosse dos Canis ataca os cães e os faz tossir continuamente. Nos filhotes pode gerar broncopneumonia, que dá apatia, febre, corrimento nasal e perda de apetite, tornando mais lento o crescimento e com um índice de 30 a 40% de óbitos. É causada pela bactéria Bordetella, que se propaga pelo ar, mais facilmente em ambientes pouco ventilados com vapores de amônia da urina. Até há pouco tempo em tratada com relativa eficácia por antibiótico. Agora pode ser evitada com a vacina Pneumodog, da Rhodia, que além e deixar o cão resistente à doença consegue curá-lo quando doente. É dada a partir de 4 semanas de vida, em 2 doses quinzenais. Anualmente, repete-se uma dose.
O cão pode apresentar sinais clínicos que lembram muito o resfriado humano, com tosse, espirros, febre, falta de apetite e coriza. Damos o nome a esse quadro de traqueobronquite ou "tosse dos canis". Essa doença pode aparecer em qualquer época do ano, porém há uma maior predisposição nos meses frios.
A doença pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, e é altamente contagiosa entre os cães através do contato direto entre os animais. Os agentes mais comuns que podem causar a traqueobronquite são:
vírus: parainfluenza e adenovirus tipo 2 (não transmissíveis ao homem)
bactérias: Bordetella bronchiseptica (transmissível ao homem, mas na maioria dos casos em pessoas com o sistema imunológico deprimido)

Os animais sadios, após o contato com cães doentes, podem desenvolver os sintomas num período de 3 a 10 dias. As infecções causadas por vírus normalmente são mais brandas, e não requerem tratamento específico. Porém, quando mais de um agente está envolvido, principalmente a Bordetella, o quadro se torna mais grave, e é necessário tratar o animal para que não se desenvolva pneumonia.

A prevenção da doença se faz através da vacinação. Além da vacina anti-rábica e da vacina múltipla (contra cinomose, hepatite, leptospirose, parvovirose, coronavirus e parainfluenza), todo cão pode receber uma dose da vacina contra a tosse dos canis a partir de dois meses de vida, com reforço anual. A vacina é intranasal (o líquido é instilado dentro das narinas do cão - dose única) ou injetável (2 doses). A vacinação protegerá o animal contra a parainfluenza, o adenovirus tipo 2 e a Bordetella.
Outros fatores podem causar tosse nos cães, como friagem, odores fortes (produtos de limpeza, solventes, tintas...) e alergias a ácaros ou pólen. Animais nessas condições estarão mais sensíveis e, portanto, predispostos a serem contaminados por um vírus ou bactéria, o que irá agravar o quadro respiratório.O correto é vacinar e, no inverno, evitar passeios em horários ou dias muito frios e banhos muito freqüentes, principalmente em animais idosos.

Raças de pelagem curta, como doberman, dachshund, pinscher e outros, sentem muito frio. Todo cão deve ter uma casinha, canil ou abrigo no inverno. Cães que dormem desabrigados são sérios candidatos a desenvolver doenças respiratórias.

 
ETIOLOGIA E TRANSMISSÃO

A bactéria Bordetella bronchiséptica é a causa primária da traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis). Embora a tosse dos canis seja a manifestação clínica mais comum da bordetelose, uma broncopneumonia fatal pode ocorrer como resultado de infecções primárias e secundárias. As infecções mistas na tosse dos canis são comuns, possuem efeito sinergístico com a B. bronchiséptica e podem ter como agentes o vírus da Parainfluenza Canina (VPIC), adenovírus caninos dos tipos 1 e 2 (AVC-1 e AVC-2), herpes vírus canino, reovírus caninos dos tipos 1, 2 e 3, micoplasmas e ureaplasmas. Individualmente esses agentes causam uma doença muito suave ou são albergados na vias aéreas de portadores assintomáticos.
A traqueobronquite infecciosa é altamente contagiosa e a transmissão ocorre por aerossóis, ou seja, gotas eliminadas na tosse e espirro de animais contaminados. Assim animais sadios em contato com animais doentes podem desenvolver a doença. É daí que surge a denominação tosse dos canis, pois a doença torna-se comum onde cães são confinados juntos como canis , lojas de animais etc.
Filhotes recém desmamados, animais imuno-deprimidos por motivos diversos (expostos a friagem, produtos químicos, alérgicos a ácaros, anêmicos, mal alimentados, estressados etc) são mais predispostos a desenvolverem a doença.
A maior ocorrência da doença ocorre no inverno, apesar de haver casos em qualquer época do ano.

 
PATOGENIA

O alvo primário do microorganismo é o epitélio das vias aéreas superiores. Ele se adere aos cílios desse epitélio em todos os níveis do trato respiratório. O resultado é uma lesão epitelial, uma inflamação aguda e uma disfunção desses cílios das vias aéreas. Um exsudato viscoso e purulento ocorre nas infecções mais graves resultando em rinite com corrimento nasal purulento no trato respiratório superior e em traqueobronquite com formação de tampões bronquiais e bronquíolos por exsudato celular no trato respiratório inferior. A infecção primária de cãezinhos lactente

Fonte: www.clubedoakita.com.br




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